terça-feira, 31 de julho de 2012

A Bela e o Caçador

Por acaso viste um caçador
Que leva uma flecha na mão direita
E um lenço na mão esquerda?
Ele foi o caçador que me raptou o meu sossego
Me seduziu com o seu jeito
E me deixou em desespero
Em passos lentos visitou o meu bosque
Tentou não chamar atenção
Mas minha alma já estava a espera
Daquele ser que, um dia, viria armado com uma flecha
E raptaria o meu coração
Meu caro caçador, mesmo que tu não me trouxeste nenhuma flor
Minha alma te reconheceria,
Mesmo que eu estivesse adormecida
Eu logo me despertaria
Pela presença do teu amor
O lenço que me tu me roubaste
Não foi em sinal de lembrança,
Mas em propósito de esperança
De encontrar-me tão pura e cândida
No dia que, enfim, tu retornar
Para juntos ficarmos
A Bela e o Caçador

(Iúllia Agner)

domingo, 29 de julho de 2012

Resenha 4# Sob a Luz dos Seus Olhos (Christine M.)


Como escrever acerca de um livro que “transpira” emoção do início ao fim? Assim é Sob a Luz dos Seus Olhos, da escritora brasileira Christine Melo.
(Observação: Pode haver spoiler.)

Os protagonistas:
Elisa é uma jovem brasileira, de 20 anos, formada em Letras e escolhida para fazer um intercâmbio na Inglaterra, por conta de seu trabalho em uma editora.

Paul, de 22 anos, é um jovem inglês, formado em Artes Cênicas, que viaja pelo mundo por causa de suas turnês como ator.

Eles se encontram na cidade de York (Inglaterra), onde Elisa havia se hospedado para partir com destino a Londres, para a casa da família que aceitou abrigá-la. As poucas vezes em que se esbarraram, eram ocasionais, todavia, aquele irresistível par de olhos azuis passaria a habitar os sonhos e pensamentos de Elisa.

Chegando a Londres, para morar na casa da família Hendsen, Elisa é bem acolhida pela matriarca. Algum tempo depois, como uma obra do destino, ao chega das compras, Elisa é recepcionada por nada mais, nada menos que o lindo estranho. Quem diria que Paul pertencesse àquela família! E a partir de então, desculpas não surgiriam para que os dois se conhecessem melhor. No caso deles, ao mesmo tempo em que se fortalecia uma amizade, aumentava a cumplicidade, surgindo a paixão, preparando o terreno para uma linda história de amor:

London Eye, uma das grandes atrações de Londres
- Eu sinto falta do sol, de comer arroz com feijão e da água do mar. Sentirei falta do chá com bolo, da London Eye e dos passeios de bicicleta. Sentir falta é notar a ausência de alguma coisa. Saudade é quando o peito aperta, quando falta o ar, é quando parece difícil continuar vivendo. Saudade é a ausência de alguém. (p. 58)

Após iniciarem o namoro, Paul passa a viajar com frequência a trabalho. Nesse período, Elisa descobre que está doente e decide voltar ao Brasil para começar o tratamento, estando junto à sua família. Os dias tornam-se anos e ambos acabam perdendo o contato.

Transcorridos 6 anos, Elisa já estava se acostumando a viver sem Paul, quando este, inesperadamente, envia-lhe um e-mail. Daí e diante, sentimentos são despertados e eles reatam, casam-se e têm uma filha. A vida de Paul e Elisa passa a ser um verdadeiro conto de fadas. No entanto, como nem tudo são flores, às vezes, a realidade pode se mostrar cruel e o destino do casal passa por grandes reviravoltas.


 Ao acompanharmos cada capítulo, nos deparamos com uma grande riqueza de detalhes. A autora explora muito bem cada ambiente, suas cores e objetos. Nesse tour através da leitura, nada melhor do que a Inglaterra para inspirar o leitor, provocando-lhe belas impressões e o desejo de transportar-se para os cenários descritos.



Rio Tâmisa,  do sul da Inglaterra, que banha Oxford
 e Londres
Big Ben, fixado no Palácio de Westminster
(Londres)















Palácio de Buckingham, residência oficial da
monarquia britânica (Londres)

Sob a Luz dos Seus Olhos é um romance para ser apreciado mesmo após sua conclusão. Trata-se de uma história que deixa ao leitor o repensar na vida, aproveitar a segunda chance e o tempo que lhe é presenteado. Renovar as esperanças, acreditar no amor e ver o hoje como se fosse o último dia de nossa vida são as maiores lições que aprendemos ao acompanhar esta belíssima narrativa. Super recomendo! 



Ericka Christine F. de Melo nasceu na capital de São Paulo. Tem como primeira formação a administração de empresas e trabalhou no ramo por quase dez anos, deixando uma confortável e promissora carreira para se dedicar integralmente ao que considera ser sua primeira paixão: a literatura.
É formada em Letras, Especialista em Língua Portuguesa e em Literatura Moderna e Contemporânea.
Está na rede social twitter sob seu pseudônimo @christine_m e escreve em seu blog: www.rascunhosdachris.wordpress.com



Até a próxima!


Sabrina Sousa

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A mestra natureza

Aprendi a admirar as flores
A perceber nelas a essência do meu coração
Aprendi a apreciar a brisa
Que se mostra como a respiração
E me revela com precisão
O que é a vida e a emoção
Vejo deste local a natureza generosa
Onde a copa das palmeiras se colocam a dançar
Sob o ritmo do vento que vem ensinar
Que a alegria de todo pássaro é voar
Ah, os passarinhos
Me fazem feliz sem me conhecer
Cantam por sua natureza
E eu os aprecio em contemplação
Pois com ternura chamam a minha atenção
E me fazem um ser devoto com dedicação
A natureza é minha mestra
Que por si dar testemunho
Da suavidade, da delicadeza e dos murmúrios
Através de gestos simples de expressão
Ela me ensina a conduta da Humildade
A virtude que aprimora a sensibilidade
E dar doçura ao coração.

(Iúllia Agner)

)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Heterônimos



Você sabe o que é um heterônimo??

Quando um escritor assina em suas obras um nome fictício, ele cria, então, um heterônimo. 
Um nome imaginário que identifica uma personalidade deste mesmo autor.
É uma espécie de fragmentação do ser... O heterônimo criado é repleto de uma individualidade e características próprias, todas presentes na essência de seu criador, apesar de parecem bem diferentes, como país de origem, idade, sexo, características físicas e psicológicas...
Vale destacar o grande poeta português, Fernando Pessoa, com seus inúmeros heterônimos, como: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e outros tantos...

Nossas autoras também possuem heterônimos que serão expostos mais adiante...


Terezinha Soares = Tereza Soarez


 
 Giulliane Gomes = Iúllia Agner

Sabrina Sousa = Sophie Rodriguez


Por hoje é só!!!




Prece a Uma Aldeia Perdida


No dia 03 de julho deste ano, minhas amigas e parceiras deste blog juntamente comigo, tivemos a honra de conhecer a talentosíssima Ana Miranda, poetisa e romancista brasileira, umas das maiores do nosso país.
Eu senti-me honrada, pois tive a oportunidade de entrevista-la, tirar foto com a mesma e conseguir um autógrafo.

Aqui compartilho com vocês uma de suas poesias...


A poesia é pungente
É perigo a poesia
Ela nos mata e consome
Ela aumenta a nossa fome
Desperta a filosofia
A poesia é oração
A oração é uma prece
De quando minh'alma desce
Para o mundo a desvendar
O silêncio deste amor
O canto daquele sanhaço
O sangue que virou vinho
O corpo que virou pão
A florada do meu laço
A vida no lento compasso
Do teu cavalo tordilho
Deixou meu corpo em bagaço
E minha alma um sertão.

(Ana Miranda)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Algo na noite



Algo na noite me assusta
Me fascina
Me agonia

Algo na noite me encanta
Me aflige
Me atinge

Algo na noite me desperta
Algo que me abraça
Mas que se despede
Com o desejo de ficar

Algo que não vejo
Mas que sinto o seu tocar
Não sei se é sonho, fantasia ou devaneio
Esse algo que, em meus pensamentos, interveio

Pode não ser algo, pode ser alguém
Só sei que a saudade faz com que o queira bem
Uma presença que me visitou, mas logo se afastou

Algo na noite se entristeceu
Se estilhaçou
Se revelou

Algo na noite se despediu
Se fez recordar
Se fez acalentar

Algo na noite provou que se renuncia
E é o sentimento que não se deixa enganar
Aquilo que não foi dito, mas sentido
Prova intensamente a não importância do distanciar


Sophie Rodriguez

Olhos Fechados


Por mais que eu não queira,
Algo em você me atrai.
Não são suas palavras, seu sorriso ou sua voz.
Nada disso.
Tudo isso eu supero.

Mas do teu olhar... parece brincadeira...
Não posso escapar.
Não sei porque, não entendo.
Tudo o que faço é tentar fugir...
Mas meus pensamentos, traiçoeiros pensamentos,
Levam-me de volta a você.

Já não o posso mais encarar.
Não devo.
Meus princípios não permitem
E não creio que me vejas.
O manto da invisibilidade cobriu-me por inteira.
E agora já não habito mais as mesmas dimensões...

Chorar minha ausência não podes,
Pois minha permanência a teu lado
Não passou de um suspiro de aventura...
Assim sendo, permanecerei vagando
Pelas escadarias desde casa
Vendo-te, porém, não sentindo teu ser...

Apenas aproveitando
Os rastros de lembranças,
Enquanto ainda as possuo...
E criando coragem de ir à luz...
Deixar-te só...
Caminhando ao mais além...

Resenha 3# “Pollyanna” (Eleanor H. Porter)


Hey, queridos leitores!

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um livro que, além de ser bastante conhecido, possui uma belíssima estória, com uma narrativa bem construída.


Pollyanna, da autora Eleanor H. Porter, fora escrito em 1912 e desde então, passou a ser lido, relido e traduzido em várias línguas. Assim como os “romances de folhetins,” esta obra também foi publicada em capítulos, no jornal de Boston, Christian Herald, sendo transformada em livro em 1913 e passada para o cinema em 1920, pelos estúdios Disney.

A história tem como protagonista Pollyanna, uma adolescente de 11 anos, que ficara órfã e fora morar com a tia, Miss Polly Harrigton, uma mulher séria, angustiada e que fazia questão de esconder seus sentimentos. Esta é uma das moradoras mais ricas da cidade e conhecida por sua austeridade. Miss Polly cumpria com suas obrigações, mesmo que estas estivessem fora de sua vontade e por isso, aceitou a sobrinha, que perdera recentemente o pai.

Ao chegar na pequena Beldingsville, a presença de Pollyanna passa a mudar completamente o destino daquela típica cidade.

Sendo efusiva e de um caráter inigualável, a menina não se deixava abater pelo desânimo, as tristezas e dificuldades que apareciam pelo caminho, e é através do chamado “Jogo do Contente” que Pollyanna mostrará a todos que é possível tirar algo bom das coisas, daquilo que lamentamos ou que pensamos não ter solução. Trata-se de uma grande otimista, que aceitava desafios e não desistia de nada em meio às adversidades.

- Não é esquisito... é maravilhoso – continuou Pollyanna entusiasticamente. – Jogamos sempre, desde aquela época. E quanto mais difícil parece, mais divertido é sair da situação. (p. 39)

Todas as pessoas que conhecia por onde andava, Pollyanna contagiava com seu espírito livre e alegre e também com este curioso jogo, e dessa forma, conseguia trazer esperança aos amargurados, desiludidos, que há muito tempo perderam a fé e até mesmo a capacidade de amar.

Pollyanna é um clássico da literatura infanto-juvenil, mas uma leitura indispensável para todas as idades, trazendo valiosas lições a cada capítulo. Os exemplos que passamos a conhecer nos proporcionam alegria e a maravilha de se ver a vida de outra maneira.


Nascida em Littleton, Nova Hampshire, Eleanor Hodgman Porter (1868 - 1920) foi uma escritora estadunidense. Seu livro mais famoso é Pollyanna, publicado pela primeira vez em 1913. O romance sobre uma menina órfã de atitudes edificantes, tornou-se um best-seller e sua protagonista passou a ser conhecida como a heroína mais otimista da literatura. Em 1915, Eleanor lançou Pollyanna moça, também um sucesso entre o público infanto-juvenil.


Não duvido que você, querido leitor, seja também estimulado a experimentar o “Jogo do Contente.” Hehe

Bom, estou contente por você ter lido até aqui. Não deixe de comentar. Até a próxima! ;)


REFERÊNCIA:

PORTER, Eleanor H. Pollyanna. São Paulo: Martin Claret, 2007. - (Coleção a obra prima de cada autor; 264) 

Sabrina Sousa


                                                                                                                                     

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Movida pelos Instintos

Se no frio eu te aqueço
Na manhã tu me despertas
Não dar para continuar dormindo
Quando o amor chama à vida
O teu chamado me seduz,
Me inebria, me desconserta
Para o dia eu acordo,
Mas é nas horas que eu me entrego
Se no frio eu te aqueço
Na manhã tu me despertas
Vou pelo instinto,
Pois tu me fazes perder os sentidos
Desconheço a minha ordem
E a tua também desobedeço,
Pois tu não mandas em mim
Nem tão pouco em ti também,
Mas no frio eu te aqueço
E nas manhãs tu me despertas
Parecemos um,
Mas tu és tu
E eu sou eu
O que nos movimenta é o instinto
E este amor que oculta os nosso sentidos
E nos faz orbitar para o subjuntivo
Onde
Se no frio eu te aqueço
Nas manhãs tu me despertas

(Iúllia Agner)

sábado, 21 de julho de 2012

Paixão Escondida


Trago no peito uma paixão
Que parece mais uma explosão
De todos os meus sentimentos.
Não sei dizer qual o seu ritmo,
Não sei compreender o seu gemido,
Nem tão pouco o seu grito,
Mas me parece colorido.
A sua intenção é de viver
De crescer, de gerar, de transbordar,
De me elevar ao mais alto patamar da emoção.
Essa paixão é uma das minhas mais doces aspirações
Que um dia, em companhia da emoção,
Me elevará ao mais audacioso palco da criação
Para arrancar de mim o que trago em meu coração.

(Iúllia Agner)

Encantar os olhos teus...


Encanto dos sonhos meus...
Onde andará aquele que tanto penso?
Queria agora aquela Pedra do Momento...
Encantar, enfim, os olhos teus...

Mas como posso encantar a quem desejo,
Se nem ao menos me conhece?
E assim minha alma adormece...
À espera desse beijo.

Por tanto aqui aspirar
Já nem sei se fico ou se vou...
E querer o tempo antecipar...

Encarar a quem me enfeitiçou...
É como se eu quisesse de mim rasgar...
Encontrar-me em ti e ver quem sou!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Novas Autoras em "Poetiza o Amor"


Sabrina Sousa, Giulliane do Carmo e Terezinha Soares

Poetiza o Amor, mais uma vez, traz mudanças para seus leitores.
O blog, que começou apenas para um desabafo de sensações poéticas da escritora Terê Soarez, agora ganha um super presente.
A partir de hoje, além de ter "Terezinha Soares" como escritora, é com imenso prazer e honra que anuncio, também como autoras, minhas companheiras em formação acadêmica e amigas íntimas, que nos últimos meses tornaram-se muito mais que colegas de curso... Sabrina Sousa e Giulliane do Carmo...
Tê-las neste blog será uma oportunidade de crescimento para nós três e uma vasta fonte de conhecimento e aprimoramento para nossos leitores.

Com a graça de Deus esta parceria gerará muitos frutos!

¡Buena sorte para nosotras y vamos a escribir!


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Feitiço Hipotético


Em minha curiosidade
Nesta biblioteca entrei.
Vasculhando encontrei
O livro para minha totalidade.

Não sei, na verdade,
Porque antes não pensei...
Se desde que te avistei
Desejei-te para minha tempestade.

Dos feitiços deste volume
Conheci o encanto...
Na escuridão, a paixão se alume...

Completude que quero tanto.
Meu coração ao teu se une.
Finalizo com meu canto...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Análise 1# "O retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde



O Blog Poetiza o Amor eleva-se, agora, a um outro nível.
Além de poemas e citações disponibilizará, também resenhas de livros.

Como uma amante da literatura não poderia deixar de expressar minhas sensações diletantes...

Portanto, inicio com o melhor livro que já li: "O Retrato de Dorian Gray", do excêntrico Oscar Wilde. Tive a oportunidade de "devora-lo" sobre várias traduções e de várias editoras. Como se já não fosse o suficiente, tornou-se o tema de minha monografia.



O primeiro capítulo nos prepara para a narrativa, com o desenvolvimento da caracterização da personagem, o complexo Dorian Gray. Dorian é este tipo de personagem, pois é dotado de mudanças de comportamento. Sua personalidade foi-se desenvolvendo com decorrer da narrativa: “… um moço muito sério e de boa índole” (p. 21); foi influenciado pelas filosofias de Lorde Henry: “[Dorian] - Você me comunicou um desejo frenético de conhecer a fundo a vida” (p. 55); com esta intervenção começou a praticar atos inescrupulosos e depravados: “… como se houvesse um laivo de crueldade nos lábios […] como se ele se estivesse vendo em um espelho, depois de praticar uma ação terrível” (p. 96); “… escondia em si uma corrupção pior do que a decomposição da morte” (p. 125); porém, na aparência, “Dorian conservava o seu ar de adolescente puro, não maculado pelas torpezas do mundo” (p. 134). Por fim, busca a reconciliação com seus pecados: “[Dorian] – É porque eu quero ser bom” (p. 211).
O moço de boa índole, como afirmava Basil Hallward, passou de anjo à personificação da maldade. No início da narrativa a personagem ora questiona Henry ora aceita seus conselhos e influência.
O desejo de Dorian Gray é alcançar a eterna beleza e juventude, fazendo destas o seu objetivo, alvo, não importando o que fosse necessário para alcançar: “Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!… Por isso, por esse milagre eu daria tudo! […] Daria até a alma!” (RDG, p. 33-34). Assim, o pacto com o Diabo é estabelecido e a trama se inicia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Promoção 1# Livros "A Menina que não sabia Ler" e "O Pequeno Príncipe"

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É com muita alegria que hoje inicio a primeira promoção do blog.

"A Menina que não sabia Ler". Já pensou se você recebesse a proibição de ler?
Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Florence passa, então, a juntar as pistas para as suas perguntas antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?


Sou poetisa. Vivo no mundo fantástico das poesias. Pensei: "Que livro poderia ser mais poético e encantador do que 'O Pequeno Príncipe'?". Um livro que faz crianças e adultos viajarem no mundo do maravilhoso e refletir sobre o que é ser "grande" e o que é "cativar".
É um livro já conhecido por muitos. Mas não é todo dia que você ganha um "Pequeno Príncipe"!
Então, participem!


Os participantes estão concorrendo a:
1° Prêmio = O Livro "A Menina que não sabia Ler", de John Harding + Marcador do Blog.
2° Prêmio = O livro "O Pequeno Príncipe", de Antonie de Saint-Exupéry + Marcador do Blog.

Para concorrer, duas regras básicas devem ser cumpridas:
1. Ser residente ou ter endereço de entrega no Brasil.
2. Seguir o Blog publicamente (na barra 'SEGUIDORES', ao lado).

Para chances extras, só preencher os dados abaixo.

As inscrições iniciam hoje às 19h e vão até à 1h do dia 30/08/2012.*

É só preencher o formulário abaixo (que é autoexplicativo).

a Rafflecopter giveaway

*Quaisquer alterações na data ou nos pormenores do sorteio serão devidamente anunciadas nas postagens e fan page do blog.

Boa Sorte!

Terezinha Soares

Para Alice

(Lewis Carrol)

Naquele entardecer dourado
O rio descemos
No barco desequilibrado,
Vão frouxos os remos.
A ternura é de mais... mas cuidado:
A direção é de menos.

Ah! Três cruéis, naquela hora
De sonho que envolvia,
Querendo um conto, mesmo embora
Lhe faltasse magia.
Perante a criança que implora,
O que Homero faria?

Imperiosa, manda a Prima:
"Vamos logo, começa!".
Mais gentil, Secunda opina:
"Sê sem pé nem cabeça!".
Tertia é menos repentina
Mas se mete na peça.

Atentas, então, silenciosas
Ouvem, com delícia,
As aventuras maravilhosas
Da menina fictícia
que fala com bichos ou rosas,
Dando trela à notícia.

E quando, da imaginação,
Chegava o poço ao fim,
Pressentindo minha intensão
De protelar o festim,
"Agora mais, mais tarde não!",
Bradavam para mim.

E assim nossa história crescia
Como cresce uma família:
Um conto de outro surgia
No País da Maravilha.
"Para casa!", que o sol já descia,
P'ra casa aponta a quilha.

Alice, que a fábula conte
teu roteiro gigante
Como um sonho, ou o horizonte
registrado no instante.
Que seja coroada tua fronte
Numa terra distante.

______________
Poema introdutório à obra "Alice no País das Maravilhas". Lewis Carrol escreve sobre a tarde que passara com as três irmãs Liddell, em um passeio de barco a remo no rio Tâmisa e onde inicia sua fantasia que passa a ser, também, nossa fantasia sobre o "País das Maravilhas".


Uma obra, para olhos puros, de cunho infantil. Para uma visão mais profunda, um caráter maduro nem tanto inocente.
Para quem leu a obra e se encantou, vale a pena recordar... Para quem não a degustou, nunca é tarde pra sonhar!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sonho Verossímil


Em ti estudei a poesia
Que transformou o meu ser.
Não vejo outro querer
Se não tua magia.

Sempre, sempre minha dose tomar.
Sem hora marcada
Fazer e sentir-me amada.
E esse amor todos os dias renovar.

Dos sonhos perdidos
Bem longe te encontrei.
Em um caminho obstruído

Por muito caminhei.
Mas, eis, que agora me foi lido.
E tudo o que sonho a ti revelei.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fazendo Arte


Ontem quis ser Ponto
No desenho da existência.
Vi, ouvi, enchi-me de inocência.
Sem dimensões, mas com uma posição fiz-me pronto.

Hoje sou Linha
Traçada a uma direção.
Um risco contínuo de razão.
Procuro a moldura que é minha.

Amanhã, assim espero,
O teu Plano encontrar.
Pinceladas de esmero,

Cores a se formar.
Viver contigo neste quadro quero...
Poetizar tudo... Tudo que Amar...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Necessito de um coração...


Necessito de um coração.
A incerteza e o gelo
Fizeram que se instaura em mim o medo
E só ouvisse a razão.

Desse coração necessito
Insensatez, amor, e sensibilidade...
Tornar-me humana, sentir de verdade...
Descontrolar-me, ouvi-lo vivo.

Na fila espero
Aguardando um doador...
Sonhar eu quero...

Sentir esse sabor...
Assim, então, espero
Encher-me de vigor...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A pedra do Momento


O Silêncio apossou-se do Tempo.
A batalha do querer
Iniciou-se à procura do ter...
A busca incontrolável da pedra do Momento.

Quem a ela possuir viverá
Sem os fantasmas de um tempo pretérito
Ou inquietações de um futuro sem méritos...
Apenas o agora sentirá.

Aprisionado, amordaçado, sozinho...
O Tempo anseia um murmúrio romper
A frígida sombra que instaurou-se no moinho

Para todos os campos a voz não ceder.
Não vou ficar aqui... permanecendo a escrever...
Encerro os versos e corro para, também a mim, ela pertencer!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Escrita e Interpretação


Sócrates:

"Você sabe, Fedro, esta é a singularidade do escrever, que o torna verdadeiramente análogo ao pintar. As obras de um pintor mostram-se a nós como se estivessem vivas; mas, se as questionamos, elas mantêm o mais altivo silêncio. O mesmo se dá com as palavras escritas: parecem falar conosco como se fossem inteligentes, mas, se lhes perguntamos qualquer coisa com respeito ao que dizem, por desejarmos ser instruídos, elas continuam para sempre a nos dizer exatamente a mesma coisa. E, uma vez que algo foi escrito, a composição, seja qual for, espalha-se por toda a parte, caindo em mãos não só dos que a compreendem mas também dos que não têm relação alguma com ela; não sabe como se dirigir às pessoas certas e não se dirigir às erradas. E, quando é maltratada ou injustamente ultrajada, precisa sempre que o seu pai lhe venha em socorro, sendo incapaz de se defender ou de cuidar de si própria."

Platão, in 'Fedro' 
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