sábado, 21 de abril de 2012

Procesos


Impulso a querer ver lo que no se escucha.
Sueño de tentar buscar lo que ya no está a su alcance.
Deseo de poseer lo que no es de su derecho.
Repulsa de sentir en lo tiempo que es perfecto.

Procesos que llevan al caminho de la nada...
Recusar, desear, soñar, dar impulso a la jugada...
Lucidez insana, tardía a vagar...
Hace de todos sus siervos, constante a dominar.

Siempre en orden inversa
Tontos que somos en esta vida reversa.
En el momento correcto no conseguimos actuar
Y cuándo así vamos, no podemos seguir.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Sus alas


Com su mirada intensa, profunda... pero suave,
Él me llevó a dar um paseo entre las estrellas...
Su voz afable y dulce, sonaba como una canción
Que parecía haber sido escrita para mí...
Sus palabras me cautivó... me encantó!
Su sonrisa incomún me llevo a volar sin miedo de arriesgar...
Y en este trayecto me mostró su danza, su poema, su vida...
Un brillo fuerte...
La luz que propagaba de su ser
Me envolvió y me hizo sentir em mí alma el Amor,
Nunca antes encontrado...
No hesité... era lo que quería...
Un ángel, un ángel hermoso vino por mí para volar en su alas...
¿Cómo resistir?
Su toque divino penetrado mi alma...
Diciendo "Te quiero" y me invitaba a estar eternamente a su lado...
No lo pensé más...
Y sí he hablado... sin miedo a cometer errores...
¿Qué felicidad mayor havería que encontrar el Amor
Y por todas las eras volar segura en sus alas?
Pero...
En el apogeo de la pasión...
Me desperté...
Fue un sueño...
Pero yo estaba feliz...
Pues tenía lá convicción...
Me quería!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Três eras


Encantamento...
Não há tempo;
Não há cor; voz;
Nada que sinta
Mais que o teu momento.

Meu raio de luz
Ao acordar da manhã.
Força vital que
Sustenta meu ser.
Se estás comigo não lembro do amanhã.

À tarde, minha estrada.
Caminhar em teus pensamentos...
Ânsia de estar
Em nenhum outro lugar
Além do teu acalento.

Se anoitece,
Te espero aqui.
Meu querer te encontra
No mundo dos sonhos
Que nunca vivi.

Não necessita de palavras...
Não há nada que fingir...
Não precisamos de condições...
Se a alma tocar
Só devemos sentir e deixar sentir.

sábado, 14 de abril de 2012

Teu Retrato


Um bem... Um bem tão grande que me faz
Essa tua voz, teu jeito,
Teu sonho, teu beijo,
Teu querer que permite-me ser capaz.

Basta um olhar, um toque, um sinal...
Até em teu silêncio viajo
Faço poesia e me embriago,
No calor de ti não há como ser banal.

Vejo em você tudo o que falta a mim
Te quero, te toco, desejo...
Borbulha o amor que arde em meu seio
Incêndio que parece não ter fim.

Me entrego sem pensar
Sou tua em parte, inteira, cega
Te dou, te tenho... sem reserva
Em tuas linhas me encontro a passear...

Todos os dias aqui venho matar minha sede
Extasiar-me por te ver a me encarar
Ah! Se não fosse essa moldura a nos separar
Por te conhecer somente de uma parede.

terça-feira, 10 de abril de 2012

No Espelho, teu ser


E no espelho te vi.
O reflexo mostrou-me exatamente aquilo que queria ver...
E mirando... percebi que tinha
Justamente tudo
O que faltava em meu viver.

Em mim está a envolver.
Meu coração, tão pequeno...
Quer te entregar tudo o que tem
Recebe, cuida...
E me faz um bem.

Para não sair do portal
E ver minha realidade,
Permita-me entrar...
E fecha o espelho...
Me conhece de verdade.

Basta de concretude imaterial.
Quero viver a tua fantasia...
Sentir a tua abstração...
Perpetuar-me em tua existência.
Chega de asfixia.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Entre tú y yo

Vidas opuestas
Unidas por un hilo
Sitiadas, presas, guardadas en el vacío
Del temor de seren expuestas.

No busco honras,
Nin admiración.
Sólo quiero tener la sensación
De no tener que mirar las horas.

És mucho lo que tuve
En el sueño de querer
Pero en el momento no quería ver
La vida rasa que declive.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Cântico da Terra

(Cora Coralina)

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

domingo, 18 de março de 2012

Acontece

(Pablo Neruda)

Bateram à minha porta em 6 de agosto,
aí não havia ninguém
e ninguém entrou, sentou-se numa cadeira
e transcorreu comigo, ninguém.

Nunca me esquecerei daquela ausência
que entrava como Pedro por sua causa
e me satisfazia com o não ser,
com um vazio aberto a tudo.

Ninguém me interrogou sem dizer nada
e contestei sem ver e sem falar.

Que entrevista espaçosa e especial!

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