segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Enfinge

Amanheceu.
E com o sol, a esperança de encontrar o teu olhar
Me faz levantar e seguir na estrada
Rumo ao desconhecido.
Meus sentidos captam tua presença.
Mas onde estarás?
Esse mistério que te ronda
Faz-me acreditar muito mais.
Sigo em frente.
E de ti, uma força extraordinária
Vem a envolver-me.
Sinto-me tão vigorosa
Que sou capaz de atravessar o Cabo das Tormentas,
Conquistar impérios,
Dar a volta ao mundo...
Tudo para encontrar minha muiraquitã.
Ao entardecer,
Luto para preservar a energia vital
Que de ti provém.
Você ainda não veio.
Mas a esperança que em mim vive
Leva-me a mais uma vez
Crer que tudo posso,
Que tudo devo,
Que tudo sou...
Transfere para mim tuas sensações
E deixa-me entregar em tuas mãos
A rosa azul cultivada em meus sonhos...
...
Anoiteceu.
E você não chegou.
O vento frio e a escuridão da noite
Carregam as inquietações e angústias
Que ficaram camufladas em meu dia.
Temo não mais te alcançar...
Meu poderio esvaísse,
De minha flor cessa o viço,
De meus olhos uma lágrima...
Agora só encontro tua ausência
E a solidão me ronda.
Sem consistência,
Sem fundamento real,
Me engano...
E espero pelo o outro dia...
Minha busca recomeçar.

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