quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Inspiração: Florbela Espanca

Eu


Florbela Espanca (1894-1930)
é um a poetisa portuguesa
que viveu um mar de inquietações
e o transformou em poesia dotada de
feminilidade e panteísmo.
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...

Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

Um comentário:

  1. Florbela Espanca tinha o dom de transformar seus momentos , sentimentos e angustias em palavras que entoaram belas poesias..Um momento sombrio da vida onde nos perdemos em busca e nós mesmos...

    Linda escolha...

    Abraços

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