sábado, 19 de janeiro de 2013

Resenha #33 - 3096 Dias (Natascha Kampusch)

Saudações, queridos!
Depois de um longo período, trago a vocês a resenha de um livro que terminei esta semana e que muito prendeu a minha atenção, acredito que seja por ser tratar de uma história real, escrita de forma simples, mas ao mesmo tempo, tão chocante e  impressionante. 


Como fazia todas as manhãs, arranquei todas as páginas com o número em negrito e rasguei-a em pedacinhos. Olhei para a data por um longo tempo: 23 de agosto de 2006. Eu estava presa havia 3.096 dias. (p. 195)

3096 dias, publicado no Brasil pela Verus Editora, apresenta o relato de Natascha Kampusch, a austríaca que teve toda a sua adolescência roubada, aos 10 anos de idade, sendo vítima de um sequestro ocorrido no dia 2 de março de 1998, enquanto ia sozinha para a escola. O sequestrador se chamava Wolfgang Priklopil, engenheiro de telecomunicações que trabalhava na Siemens. Este passou a mantê-la presa em cativeiro, no porão, durante 8 anos.

Se eu gritei? Acho que não. No entanto, tudo em mim era um único grito. Que queria sair, mas permanecia preso em minha garganta: um berro mudo, como se fosse um daqueles pesadelos em que se tenta gritar, mas não se ouve som algum, em que se quer correr, mas as pernas se movem como em areia movediça. (p. 36)

Natascha, uma jovem que mesmo antes do sequestro não teve uma infância muito fácil, resolve falar abertamente, neste livro, sobre os seus sonhos e desejos, a vontade de crescer e ser independente e claro, do longo período de sua vida que fora roubado, os 3.096 dias em que era totalmente dependente de seu sequestrador e também vítima de constantes agressões físicas e mentais. 

Ao ler cada capítulo, nos deparamos com cenas fortes e experiências realmente assustadoras. Comportamentos que vão além da razão e que são revoltantes. Muito me impressionou o fato de Natascha, mesmo ainda sendo uma criança, ter atitudes tão maduras, não perdendo as esperanças, por mais minúsculas que fossem e não se deixar levar pelo desespero. 

Há tempos desejava ler esse livro, pois já tinha lido alguns com histórias parecidas até porque, infelizmente, são casos que acompanhamos em nossa sociedade e que nos constrangem. Tomando conhecimento de toda essa violência, ficamos nos questionando até que ponto o homem pode chegar. Sabemos que este foi apenas um em milhões de casos, onde famílias são covardemente atingidas, tendo suas crianças brutalmente assassinadas, sem direito de ter uma vida livre e feliz ao lado daqueles que as amam. (Fica aqui a reflexão). 

Enfim, espero que vocês tenham curtido e que, se tiverem a oportunidade de ler este livro, não a deixem passar. As lições que Natascha Kampusch passa ao leitor são admiráveis. Também fica a dica para você  compreender como toda essa história se desenrolou. É forte, impactante, mas também uma ótima leitura!  

Até a próxima!

Sabrina Sousa     

4 comentários:

  1. Sabrina, esse livro é bom mesmo?
    Depois de ler Identidade Roubada eu meio que fiquei traumatizada com esse tipo de leitura... rs. Pq IR é ótimo, mas é muito impactante, muito forte, desesperador. Acho que eu vou me desesperar de novo se ler esse livro, mas tenho vontade. *~*

    Beijinhos!

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    Respostas
    1. Olá, Sandra!

      Também já li Identidade Roubada e enquanto lia 3096 Dias ficava me recordando de algumas passagens deste primeiro. Tanto uma história quanto a outra são super impactantes. Eu recomendo a você, flor. Apesar de tudo, é um livro muito bom!
      Acho que vale a pena se desesperar de novo, flor! rsrs

      Beeijo*;

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  2. nossa, sabrina... é uma leitura recomendada...
    realmente tantas injustiças e atitudes desumanas são cometidas diante de nossos olhos... e o pior é que muitas vezes temos a oportunidade de fazermos algo como um cidadão, um ser humano, mas nosso medo é sempre maior que nossa consciência... é lamentável!!

    boa dica!!
    beijos...

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    1. É verdade, Tê!

      Há passagens neste livro que a autora também fala sobre isso que você apontou. Infelizmente, somos rodeados por esses males. É um livro muito bom para podermos rever certos conceitos.

      Beeijo, flor*;

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