sábado, 20 de outubro de 2012

Predestinada



Mas... o que é o Destino?
Somos nós predestinados desde o nascimento?
Por muito acreditei que poderia fazer minha história,
Escrever minhas linhas,
Aproveitar e criar cada momento.

Foi um erro assim pensar...
Pelo menos, por muito tive a ilusão.
O engano de achar que tinha voz,
Que comandava meus movimentos,
Que era dona da minha paixão.

Quando dei por mim e percebi
Que deveria no rio jogar
O livro que em meu poder detinha,
Fui com tudo, fechei os olhos,
E atirei sem ver o que vinha.

Durante uns dias liberta fiquei,
Liberta me senti...
Mas o que faz a vida senão
Abrir meus olhos
Todas as vezes que acho que vivi?

Não sei que ímã, que atração,
Que força é essa que rejeita
Que este livro no rio fique...
E sempre surge, de volta em minhas mãos
Por mais que eu não admita que permaneça...

Não o quero... Já disse... Não o quero!
Mortal que sou, não posso escrever...
Acatar dos deuses o desejo...
Viver a tristeza dessa linha
E uma vida é o que não posso ter...


Um comentário:

  1. Muito bom o texto!Destino?Não acredito nele,fazemos as nossas escolhas e decidimos o nosso futuro!Entendo que às vezes cansamos de tomar as rédeas da vida e assim nos colocamos à disposição de uma força inexistente(Que muitos a julgam reais...).Não lance mais o seu livro em nenhum rio,abismo...Você detém o poder de escolha,do pensamento livre e do questionamento ilimitado,ok!Abraços e parabéns pelo ótimo texto.

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